"Slave & Splurge" - "Econômicos & Extravagantes" e a Sustentabilidade

Uma tendência de consumo surge e acompanha a questão da racionalização de recursos. Trata-se dos consumidores econômicos e extravagantes, aqueles optam por reduzir ou economizar no consumo de produtos essenciais, resguardando recursos para gastos que considera valiosos a si.

Em termos econômicos, o motor a estimular a escolha por esse padrão de consumo é a crise econômica, como forma do consumidor poder manter seu padrão de acesso a produtos e serviços, barganhando em produtos essenciais, cuja troca da marca ou da qualidade não interfira na sua vida cotidiana.

Em termos de sustentabilidade, qualquer restrição dos padrões de consumo é benéfica à mitigação dos danos ambientais. A capacidade de suporte do planeta é diretamente atingida nesses casos e cada redução de consumo gera efeitos positivos, em termos globais.

Por seu turno, a consciência de resguardar o consumo a gastos que considera valiosos para si é o caminho para a sustentabilidade existencial individual. Saber consumir e priorizar o ser ao invés do ter, focar na experiências engrandecedoras é o caminho a uma sociedade de serviços e de compartilhamento, entre os seres humanos, de suas potencialidades criadoras e cooperativas.

Um mundo predominante no terceiro setor é a saída para a sustentabilidade, uma vez que tanto o primeiro quanto o segundo setor possuem limites físicos intransponíveis, em face da capacidade de suporte do planeta.

Desse modo, é bem-vinda a onda dos econômicos e extravagantes, em termos de sustentabilidade. Seu avanço para modelos de realização a partir do consumo de realizações humanas é a saída para um futuro em equilíbrio com o planeta.