Superar a Insustentabilidade Previdenciária Brasileira

Os sistemas públicos de previdência no Brasil, em todos os âmbitos, União, Estados e Municípios estão em déficit e futuramente terão mais dificuldades em pagar os benefícios dos aposentados, em razão do aumento da expectativa de vida e a redução do crescimento vegetativo populacional.

Se atualmente o modelo é insustentável, futuramente ele será impossível, quando um terço da população estiver em idade de aposentadoria. O problema irá iniciar a partir de 2030 no Brasil e atingir seu pico de gravidade em 2050.

Logo, não há boas notícias previdenciárias para a futura aposentadoria dos atuais jovens. Esse será um grande problema da seguridade social, especialmente quando na velhice, a pessoa mais requer recursos públicos, comparando-se os gastos exigidos em termos de saúde e atenção à infância.

Entender esse estado de insustentabilidade previdenciária o quanto antes é essencial para a adoção de novas políticas públicas e decisões individuais em prol da sustentabilidade.

Na área pública, resta o impopular estabelecimento de um teto de benefícios, além da estipulação de uma idade mínima à aposentadoria. Fundos complementares são a saída aos funcionários para garantir condições de renda futura.

Na área privada, existem os planos de previdência privada, os quais cobram taxas de carregamento e administração excessivamente elevadas, a comprometer os esforços dos contratantes. 

Restará o espaço para o desforço pessoal, levando-se em consideração uma mudança na noção de aposentadoria, com o indivíduo prolongando sua vida útil laboral até o máximo possível, com as adequações necessárias às limitações fisiológicas com o passar dos anos.

Além disso, cada qual deve assumir a responsabilidade pelo seu futuro na velhice, caso não queira ser surpreendido por esse estado de coisas já previsíveis em 2015. Criar sua reserva pessoal de investimentos e recursos para o futuro, reservando-se parte da renda mensal a essa previsão. Só assim poderá ser construída uma premissa de sustentabilidade em face de um caos futuro, previsível no sistema previdenciário brasileiro e que irá atingir a todos individualmente.