O Fato Impactável do Ambiente

Primeiramente, ciência se mede pelo "fato", ou seja, por toda ocorrência observável no mundo material, tudo aquilo que se pode perceber pelos sentidos ou por tecnologias capazes de atestar a existência de algo e assim, transformar-se em um objeto de estudo.
Daí decorre o entendimento de que, "fato" é toda ocorrência no mundo material que provoque impactos, consequências na vida das pessoas e na natureza

Nesse raciocínio, pode-se ratificar as dificuldades em estudar tudo aquilo que não pode ser observável a nossa volta. Enquadra-se nisso nossa pegada ambiental, ou seja, o rastro de carbono deixado por tudo o que fazemos em nossa vida.

Realizar a vida é impactar o planeta, pois quase tudo o que fazemos gera algum tipo de consumo de recursos naturais. Para suportar isso, o planeta criou uma estrutura sistêmica de reciclagens e controles naturais, a qual dá conta até um certo limite. Atualmente, pelo contingente populacional do planeta e pelas excesso das atividades humanas sobre ele, estamos extrapolando esse limite em 30%.

Com isso, em conjunto, a sociedade humana atual contribui com a usura de 30%, por ano, além do que pode suportar o planeta. Isso está a provocar as mudanças climáticas sentidas e observadas pelos cientistas.

Logo, cada um de nós tem dever, per capita, de reduzir 30% de seu impacto. E o caminho para isso é adoção do Minimalismo Existencial enquanto filosofia de vida. Sem essa adoção, continua-se no mesmo modelo impactante e insaciável de consumo sobre os recursos naturais finitos existentes.

Devemos reaprender a viver com menos recursos naturais. Realizar a vida de maneira voltada às realizações intelectuais, emocionais e espirituais, sem que isso requeira consumir a natureza ou que isso ocorra com a minimização do impacto, sempre.

Trata-se da adoção de uma consciência e vigilância das condutas humanas em prol da sustentabilidade em tudo o que se faça na vida.

Isso significa buscar o desenvolvimento de novas capacidades intelectivas presentes no córtex pré-frontal do cérebro, local em que se formam tais pensamentos de controle e julgamento dos atos morais da vida.

No fundo, o Minimalismo Existencial é um ato de economia da natureza, a qual se reveste de uma opção moral por viver sem destruir, criando condições ao futuro de todos.