O lixo é um grande indicador informacional do padrão de sustentabilidade de um indivíduo ou de uma pessoa jurídica. Pela análise do lixo é possível observar os padrões de consumo, assim como, os padrões de descarte referente àquilo que é utilizado e quantitativamente eliminado.
O lixo, antes livre de responsabilidades, aos poucos vai ganhando aspectos de obrigação pública. Nesse sentido, surgem os deveres básicos de separação entre resíduos orgânicos e recicláveis.
Em certos países nórdicos, inicia-se a cobrança pelo lixo produzido. Faz-se uma pesagem dos resíduos eliminados, de casa em casa, e são cobradas taxas municipais a cada quilo produzido, para bancar o processo de reciclagem.
Se esses padrões de taxas forem estendidos aos países periféricos como o Brasil, provavelmente haverá uma rápida mudança de padrão informacional no lixo produzido, pelo estímulo imediato à utilização de embalagens mais leves, reduzindo o uso de materiais naturais na sua confecção.
Por seu turno, as receitas obtidas na cobrança do descarte podem financiar projetos públicos e privados de reciclagem, com a geração de renda e inclusão social dos catadores, que passam a um grau de profissionalização de seus serviços.
Esse parece ser um caminho de sustentabilidade no uso dos recursos naturais para a produção de embalagens.
