O Consumismo enquanto Pulsão de Morte

A Pulsão de Morte, nada mais é, do que um conflito interno não solucionado, o qual pode tender a respostas externas destrutivas à pessoa. Enquadra-se nessas situações o consumismo, enquanto resposta inadequada, para aliviar conflitos internos.
A Pulsão de Morte no consumismo não afeta somente a pessoa, mas o planeta como um todo, pois a pressão sobre os recursos naturais é onde vai desaguar os problemas de conflitos internos.



O conflito interno nada mais é que o confronto convergente de forças psíquicas. Nele está expresso os conteúdos pessoais inconscientes, suas falhas de caráter e equivocadas convicções desafortunadas, carreando suas energias, o eros da vida, para um ciclo de desgaste e prisões, improdutivo.

Viver nesse quadro representa perda de qualidade de vida, num total desperdício da experiência, a qual poderia ser canalizada para a construção de uma realidade melhor e sustentável a todos.

Para Freud, na "pulsão de morte", por vezes, falta ao indivíduo lucidez sobre a existência de outras possibilidades, como se o caminho estivesse todo fechado, sem saída e aquela forma de se proceder fosse a única possível.

Romper esse ciclo é necessário a partir do entendimento do consumismo enquanto doença existencial que, uma vez detectada, permite ao indivíduo buscar novas saídas ao enfrentar a situação conflitiva posta com outros instrumentais existentes e disponíveis.  O voluntariado assistencial, a sublimação por meio de atividades intelectuais ou desportivas, são exemplos de caminhos para sair do consumismo.

Como se fosse remédios transpessoais, a mudança de pensamento e dos comportamentos de vida, permitem emular condições para que a pessoa rompa com aquele estado destrutivo e possa, aos poucos, iniciar um novo modelo existencial, de sustentabilidade e Pulsão de Vida.