DIS - Déficit Individual de Sustentabilidade e a Sobrecarga Informacional

Déficit Individual de Sustentabilidade (DIS) é a condição individual da pegada existencial, ou seja, sua participação personalíssima na utilização dos recursos naturais durante suas realizações humanas. Como tudo o que acontece no mundo material requer o consumo de recursos, toda existência humana é deficitária. Não há como viver, alimentar-se, mover-se, relacionar-se, produzir, sem consumir.

O problema geral é a quantidade de seres humanos viventes atualmente, para além da capacidade de suporte do planeta. Mas do ponto de vista individual, o importante é avaliar o seu nível de déficit, sua maior ou menor contribuição para o consumo intensivo ou não de recursos naturais.

Quanto maior a necessidade de consumo de recursos, maior o déficit individual de sustentabilidade. E pelo contrário, quanto menor a necessidade, maior a sustentabilidade individual expressada.

Um dos problemas do DIS é a condição individual em entender essa ocorrência e, além disso, agir em prol da sustentabilidade. Isso requer consciência e capacidade mental de entendimento ético e ação dirigida. Logo, sem um lobo pré-frontal desenvolvimento, isso não ocorrerá. Há duas formas de desenvolver o lobo pré-frontal: pela educação e pela maturidade. 

Mas, além disso, requer-se a superação de outra condição humana alienante, nas atuais sociedades urbanas complexas: a "sobrecarga urbana" informacional.

Tal termo foi originado nos estudos de Stanley Milgram, psicólogo americano que, em 1970, desenvolveu a tese de que, a ampliação dos estímulos informacionais da vida em sociedades urbanas, leva a uma seleção daquelas informações a serem levadas à consciência.

Trata-se de um mecanismo defensivo do processo mental, com vistas a evitar uma superexposição a conteúdos, com os quais o cérebro não tem a capacidade de processar ao mesmo tempo. Daí que, muitas vezes, a atenção é voltada a coisas essenciais da vida e do interesse do indivíduo.

Como a sustentabilidade não é algo essencial de pronto, ela deve ser introjetada para se tornar valor e gerar interesse. Ou seja, uma consciência deve ser ativada sobre o assunto. Somente com isso, o indivíduo ganha condições de agir e reduzir seu DIS, quando isso passa, então, a ser algo essencial ao viver individual.