Burocracia contra as Construções Sustentáveis

Interessante ensaio publicado por Claudio de Mora Castro na Revista Veja, do dia 30 de abril de 2014, falando sobre o excesso de burocracia e as dificuldades técnicas para se construir uma casa sustentável no Brasil.

Em sua experiência, utilizou-se, para uma casa ecologicamente correta, do uso de materiais leves, aproveitamento das correntes de ar, com vistas a se evitar a instalação de ar-condicionado, assim como uso do aquecimento solar e células fotovoltaicas, para produção da própria energia que será consumida.

Inicialmente observou a dificuldade em contar com profissionais habilitados a tal tipo de construção. Em segundo lugar, visando certificar a casa, por seu perfil sustentável, também observou dificuldades nesse item, em relação aos custos dessa empreitada, envolvendo cerca de 8% do valor da obra.

São duas as certificações encontradas atualmente, os selos Leed e Procel. O importante aqui, segundo ele, vai além da mera busca individual por ser sustentável. Há que se criar incentivos às construções sustentáveis, para que esse seja o padrão e não a exceção, cujos custos acabam por recair a quem deixa de poluir. 

Uma forma de se fazer isso é aplicar efetivamente o princípio do poluidor pagador, cobrando mais IPTU das construções não sustentáveis, para então, assim gerar incentivos às construções ecológicas.

CASTRO, Cláudio de Moura.  A casa é ecológica, a burocracia não.  Revista Veja.  ano 47. n. 18. ed. 2371. 30/04/2014.